segunda-feira, 6 de julho de 2009

Puta vida

Lendo sobre a criadora da Daspu, entrei completamente no universo das putas, essencial para quem está escrevendo sobre o assunto. Mas lembrei-me da Cris, a puta amiga que tive em Blumenau. Gordinha, dentucinha, era protegida da polícia. Quando voltava das minhas noitadas, sempre parava e comprava alguma bebida para ela e suas colegas, que me rendia altos papos. Eram risos simples em meio a histórias daquela cidade, que finge ser moralista. A Cris e seu recorde de 15 homens numa despedida de solteiro Casou a filha e já é avó. Tinha a Mari, uma puta de classe, que ficava na saída da cidade. Arrumadíssima, tinha dois filhos com um médico de Gaspar. Mas não abandonou o batente pois nunca sabia-se do futuro. Tinha a Sharon, a avó das travestis,sempre elegante em seu casaco de pele, herança dos anos europeus. Sharon sacaneava as outras, pois era cabeleleira de dia e não cobrava de muitos clientes. Ser puta não é nada fácil. Coletando algumas histórias, fico pensando na mais antiga das profissões. Que há muitas prostituições na vida além das que a gente conhece. E cada dia mais, tenho certeza, que vivendo numa sociedade hipócrita, ninguém deve atirar a primeira pedra.

3 comentários:

Cleyton Cabral disse...

Puta que pariu, que texto bom! Abraço, amigo.

Anônimo disse...

Também adorei o texto. Esse moço escreve muito bem, heim !?

Jefferson.

Unknown disse...

Adorei a Cris, mais a Tinha a Mari, uma puta de classe, que ficava na saída da cidade. cobrava pedagio de todos, rsrsrssrs

PArabéns !!!!