terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os caminhos


Ninguém quer voltar sozinho para casa. O caminho é longo e muitas vezes, como cegos, somos conduzidos pelo caminho sem podermos enxergar as adversidades e pedras, passando barreiras, e até levados por estranhos e desejos estranhos. A solidão nos torna cegos. São tantos caminhos e muitas vezes dependemos da caridade de estranhos como dizia Blanche Dubois num bonde transbordante de de desejos que é a vida. Desejamos tantes vezes o impossível e de novo nao vemos o possível que nos levaria a felicidade. Entre sonhos e pesadelos contruimos o que chamamos de caminho, caminhos, vidas, existências, vidas sem rumos, tantas definições que são só uma e que são várias. Vida louca, vida breve. Cazuza tocando ao fundo. Os olhos fechando mas um pensamento, um só pensamento, de mudar o amanhã, o futuro, de transformar as coisas e também jogar tudo para o alto. Uma hora largarei. Na hora certa. Enquanto isso, vamos representando as incertezas. Vivendo a vida louca.

sábado, 23 de julho de 2011

Saudades


Caminhando pela Avenida Paulista, fiquei pensando nos últimos dias. As férias estão terminando. Passei por São Paulo, Joinville, Balneário Camburiú, Blumenau e Curitiba. Ah, Curitiba. Não fui à festa da Sunga 3x4 como muitos pensaram. Mas fui pescado com um olhar. A noite foi oriental. É triste a distância, mas sempre digo que se vivêssemos há 100 anos, uma carta levaria meses. Hoje em dia podemos falar todos os dias por meios virtuais. A vida é sonho. Sonhei com meia-noite em Paris, o último filme de Woody Allen. Tenho sonhado nos últimos dias. Continuarei sonhando entre os dias e noites, em Paris, São Paulo, Fortaleza ou Curitiba. Na minha caminhada pela Paulista, hoje, uma mulher pedia esmolas e gritava que estava com fome. Como avaliar o drama de ter fome em São Paulo, o estado mais rico do país? Outra pedinte me chamou atenção também. Ela não tinha as duas pernas e pedia ajuda para lançar um livro que conta sua luta. Em determinado momento, parei fechei os olhos, e deixei que a brisa fria elevasse meu pensamento para longe. O não querer de voltar para casa e o dever de voltar à realidade cotidiana acadêmica. E por fim, me emocionei com duas coisas: a bestialidade humana de um norueguês que matou muitos inocentes, e morte precoce de Amy Jade Whinehouse. Onde estaremos seguros contra esses loucos que saem atirando? Um dia as armas não serão vendidas e todos terão lido “O menino do dedo verde”. E chego em casa e ouço que Amy morreu. Nossos ídolos morrem cedo. Mas ela cometia suicídios diários. Voltou à eternidade. Um dia voltaremos todos. Saudades de Curitiba.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Esperanças


Um ano que começa. Muitas coisas acontecendo. Mudanças muitas. Quero outros ares. De vez em quando o passado entra pela porta e dá de cara para você e sai, com medo ou sei lá o que de encarar você. Temos que crescer muito. Fiquei trite porque quando vi alguém, há poucos metros da minha frente, pensei que poderia desejar um bom ano. O ano terminou com surpresas. Estamos vivos para vencer desafios. Tenho vencido tantos. Resolvi trocar Sampa por Fortal. Adoro o mar. Já sofro da minha impaciência crônica com certas coisas. Mas tenho que acreditar que tudo muda para melhor. É a lei Tiririca: pior não fica. Pior é vencer as carências. Somos eternamente carentes. Faz parte do intricado mecanismo da vida superar a si mesmo. 2011 que me aguarde.