terça-feira, 19 de junho de 2007

AS PRISIONEIRAS DE SI MESMO

Hoje de manhã, aproximadamente cinco da manhã, fui acordado por uma mensagem do celular. Que ódio do meu sono sensível. Não dormi mais. Era uma mensagem da Letícia dizendo que me amava. Eu perdôo. Aí fiquei vendo televisão. Uma matéria sobre as carmelitas enclausuradas me chama atenção. Há muitos anos, era criança ainda, uns 10 anos de idade, fui a um carmelo. Não gostei. Aquelas mulheres prisioneiras de si mesmo angustiaram minha alma. Lembro-me que sai de lá triste. Não era permitido nem um abraço. Falava-se entre grades. E hoje de manhã, vendo as enclausuradas proclamando votos de felicidade, acho uma loucura. Deus criou um mundo maravilhoso e pecado é não poder ir a beira mar, a uma floresta, a tantos lugares. Como as pessoas interpretam mal os ensinamentos religiosos. Perdoem-me os que pensam ao contrário, mas Jesus ou Virgem Maria se decepcionaria ao ver certas interpretações sobre fé e religião. Não é aprisionando-se que ganha-se virtudes. Trabalhando, plantando, colhendo, convivendo com o difícil ser humano é que se cresce. Deus me livre um claustro. E lembro de um trecho de um livro que diz: excesso de fé não esconde certos pecados. O olhar de falsos profetas assim como suas línguas são contrárias a certas fés professadas. E quando acaba a semana santa, uma triste estatística: há mais mortes e acidentes nesse período que no carnaval. O que é um ser santo? O que? É dando que se recebe.

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