quarta-feira, 21 de maio de 2008

OS HOMENS TAMBÉM CHORAM

Tem dias que acordamos e a cama pesa tanto. Geralmente, são dias quando acordamos mais cedo e temos que correr. Todas as terças são assim para mim. Correr para o metrô e depois, pegar o trem. O pior de tudo é ficar esperando o ferroviário e ficar sentindo o desagradável odor que o tietê exala, já que a estação fica nas margens deste famoso rio. Na melhor das hipóteses, eu não pego um trem lotado. Cheio sempre está. Ontem cheguei cansado. A Wil não tinha embarcado para New York e tive a carona amiga. Sempre discutimos sobre nossos amores no caminho. Mas cheguei e me joguei na cama. Ai, espiei a tv e tava passando "Mr. Holland, adorável professor", um filme que adoro e que toda vida eu choro no fim. Todo professor se emociona. E como chorei. Dizem que homem que é homem não chora. Não chora pouco porque, quando chora, sai de perto. Eu choro fácil. Sou um homem de muitos choros mas fui incapaz de chorar quando meu pai morreu. Nunca. Mas homens chorando, as vezes, é um saco.

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