sábado, 5 de janeiro de 2008

COISAS QUE PERDEMOS NO CAMINHO


Ontem, indo ao cinema, vi , me vi, me senti, senti. Era o clima de violência. Não foi nada mas ao meu lado o ronda do quarteirão parando um carro e os policiais saindo de arma em punho gritando: mãos ao alto! Não fiquei parado esperando o desfecho. Acelerei. Estava em cima da hora para ir ao cinema com uma amiga. Não sabíamos que filme veríamos e escolhemos um ao acaso. Doce acaso. Chorei. Ando chorando demais. Uma certa fragilidade de quem vai se despedir das coisas cotidianas de Fortaleza. Mas chorei pela sensibilidade do filme. Falava de perdas e de amizades verdadeiras. Quantas amizades eu sustentei e sustento com esforço. E quantas não dão valor a minha amizade. Saí do filme com uma vontade enorme de escrever e pensar nas perdas e nos amigos. Filmeterapia. Quantas coisas não perdemos no caminho. Quantas coisas não perdemos no fogo. Preciso listar algumas perdas para ver se recupero algo. Algo que só eu sei.

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