sexta-feira, 4 de junho de 2010

SOWETO E LENÇÓIS


Ao fim do dia, reflito sobre minha vida, uma vida que poderia ser melhor, se o personagem principal dela fizesse as coisas mais certas. Acordei e fui com um amigo ao breakfast da padaria Bela Paulista. Um Buffet fantástico. Brindamos a Audrey Hepburn e começamos o café tomando frisante. Depois, caminhar na Paulista. Comprei um relógio xing-ling. Antes de chegar em casa, ele já estava atrasando. Não tinha garantia. Riam. Depois, vale do Anhangabaú. Gente feia. Iludidos com o falso brilho de quererem ser o que não são. São. Ilusionistas. Encontrei até “Leide Gaga”. Voltei para casa cinco chopes de vinho depois. Deitei. Telefone não me deixou dormir. Não saí. Fiquei vendo TV, arrumando minha suíte. Assistindo ao globo mar, na Ilha de Lençóis,me emocionei com um abraço poético entre um menino albino que quer ser poeta e a repórter. Eles pescam a noite porque o ministério da saúde não distribui protetor solar. Oh deus, que país é esse em que tantos querem o poder e ninguém faz nada pelos brasileiros esquecidos. Aí vejo a alegria do povo de Soweto com a seleção brasileira. Soweto tem um milhão de esquecidos também. Entre negros sul-africanos e brancos dos Lençóis, termino a noite, vendo que eles são mais felizes que eu.

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