domingo, 27 de junho de 2010

Noites avassladoras


Algumas noites são avassaladoras. Após um café agradável na livraria cultura e de companhia idem, fui para casa. Tudo era solidão. Meu companheiro, um copo e muito gelo. Muitos copos e muitos gelos. Os dias tem sido felinos.Há uma impaciência constante na minha pessoa. Ando querendo matar pessoas, quebrar copos, excitar o meu lado sádico adormecido. Adoro analisar o ser humano. Tenho feito isso quase todos os dias. Isso me excita muito. Representamos cenas diárias do maior espetáculo da terra: a vida. Meia noite, virei a anti-cinderela e estava numa fauna animal. Muitos animais aproximaram-se. Minha palavra é minha arma. Como o ser humano é idiotizado. Às duas da manhã deu meus cinco minutos e ninguém me segurou. Vim caminhando sozinho. Nunca senti medo de nada e ninguém. Olhei a lua. O vento frio batia na minha cara. Vi muitos lázaros dormindo no caminho, enrolados em cobertores fétidos. Havia um jogado ao chão, bêbado talvez, cadeira de roda ao lado. Quantas vidas sem destino. Chegando na minha casa, cruzei com um cristo. Cabelos compridos, barba, sujo, catava o lixo. Em 30 minutos caminhando, vi muitas vidas, a minha vida. Era melhor continuar aquela noite sozinho. A solidão não era a melhor opção, mas dormi feliz.

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