sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Casanova paulista


Semana passada conheci o ”Casanova” de São Paulo. Trinta e poucos anos, um cara normal, palavreado de surfista paulista, dois casamentos desfeitos, contava a glória das perseguições femininas. Não dispensava nenhuma. Tinha taras em mulheres comuns. O negócio dele era possuir as mulheres. Não posso negar, ele tinha uma qualidade essencial aos conquistadores: sabia seduzir. As carentes suspiravam. Enumerou inúmeras conquistas dentro e fora do trabalho. Casadas e solteiras. Há pouco desfez seu segundo casamento. Mas que casamento duraria, se ele não resiste a uma mulher? É uma figura engraçada, do bem, mas quando apaixonar-se de verdade por uma mulher de valores, vai sofrer. Mulheres de valores querem homens de valores e monogâmicos. Espero que ache alguém de valor que mude e baixe seu fogo. Tudo isso me faz pensar na velhice. Minha mãe tinha uma expressão para solteirões: rapaz velho. Ficar rapaz velho é triste. Nunca vai casar e nem ter filhos. Vai ter todas as mulheres do mundo mas não vai ter nenhuma, e a velhice vai chegar. Sem filhos, só. Espero que não. Só deus sabe.

Nenhum comentário: