segunda-feira, 14 de abril de 2008

Dia de domingo


"Alguma coisa acontece no meu coração, quando cruzo Ipiranga com avenida São João". Ontém cruzei a Avenida Ipiranga com a Avenida São João. Lembrei-me de quinze anos atrás, quando morei nessa esquina. Mas meu dia começou bem antes.Pode-se fazer muitas coisas num domingo em São Paulo. Primeiro, tomar café da manhã numa típica padaria paulista, de preferência, em boa companhia. Segundo, ir à feirinha de antiguidades embaixo do Masp e encontrar um Rolls-Royce no estacionamento. E branca, linda. Depois, ir à Praça da República e arrancar muitos sorrisos. Passear entre as barracas, olhar quadros e observar casais diversos, seja um grupo de judias ortodoxas vestidas dos pés à cabeça, seja um casal de homens, de mãos dadas, como um casal, comum, num dia de domingo. Mas o que seria um casal comum? Um casal que se gosta, que se ama, que paga suas contas, que respeita a sociedade e não deve satisfação de nada. Vi uma certa evolução na atitude dos dois. Ninguém se espantou. Amém. O mundo está mudando. Pouco, mas está mudando. Ainda caminhei até o Teatro Municipal e tentei comprar em vão os ingressos para Madame Butterfly em Junho. Esgotados. Depois fui almoçar num restaurante bahiano em Higienópolis. Uma comilança. Suei com o cozido bahiano. Ainda bem que o carro tinha ar condicionado. Em casa, tirei uma soneca, no fim da tarde. Uma soneca cheio de carinhos. E por fim, o domingo termina com o Miss Brasil. Ceará ficou mudo em segundo lugar e mais uma vez deu Rio Grande do Sul tchê. Fim de domingo.

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