sexta-feira, 18 de julho de 2008

República dos bananas


Quando chamam nosso Brasil de república dos bananas, lá fora, são injustos porque esquecem de olhar seus próprios países e verem que fazem mais absurdos que a gente. Por outro lado, vivemos numa república de bananas sim. A nossa administração cada dia mais enfatiza esse termo. Pobre fica preso anos porque roubou uma lata de leite para alimentar um filho faminto. Banqueiro milionário fica preso algumas horas por roubar milhões. Na maioria dos casos, os políticos tem o rabo preso. Uma hora aparecem como cordeiros, mas depois mostram sua cara e são na verdade lobos devoradores do patrimônio público. Nunca podemos dizer nunca, mas espero nunca vender minha alma ao diabo me candidatando a alguma eleição. O diabo adora cobrar a alma como dívida de campanha. Eu tenho que acreditar que teremos um futuro melhor. Mas quando? Bem, se vivêssemos numa democracia, não seríamos obrigado a votar. Democracia plena é termos o direito de não votar. Mas somos obrigados. País de bananas. E hoje lendo uma crônica de Carlos Heitor Cony refleti um pouco. Ele nos conta que Garrincha, ao ser indagado sobre o que lembraria sempre de Roma, respondeu: foi em Roma que roubaram as chuteiras do treinador da seleção brasileira. Todos os caminhos um dia levaram a Roma. Caminhos falhos. Roma ruíu com as ivasões bárbaras. Será que um dia nossa política bárbara ruirar? Talvez, acendendo uma vela, mas não de sete dias, tenhamos fé. Uma vela de setenta e sete anos? Mais? Vamos esperar. Cada dia mais o canto de Cazuza ressoa na minha mente: Brasil, mostra tua cara!

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