quarta-feira, 8 de agosto de 2007

AMIGOS, ZUZU E UM BATIZADO


Que valor tem um amigo? Um verdadeiro amigo não tem preço. Meu coração tornou-se grande para atender a tantos amigos. Não vou citar nomes, mas me sinto tão especial e agradecido por ter tantas jóias em minha vida, mesmo que o tempo e a distancia digam não. Não lembro do nome do meu primeiro amigo de infância mas lembro que a mãe dele chamava-se Ramona. Coisa de louco é a memória. Um dia apostei com minha mãe e ela perdeu. Fui capaz de me lembrar de fatos desde os 3 anos. Que memória. Se pudesse me lembrar de coisas que esqueço num instante mas ninguém é perfeito. Uma coisa que nunca esqueci que uma vez apanhei por causa da Zuzu. Era uma empregada acreana que minha mãe teve. Um dia ela rasgou um vestido. Aliás, picotou com tesoura e eu fui acusado pelo ato. Era inocente. Virou trauma. Sempre falo dessa injustiça para minha mãe. Também sei ser cruel. Anos depois a Zuzu teve um filho e deu o golpe da barriga no ex-sócio do meu pai. Não tiveram final feliz. Ele perdeu tudo que tinha e ela ficou com muita coisa dele. Golpes do destino. Deixei de ser o louro bosta, meu apelido de infância. Meu irmão era o Jabuti e minha tia a Pomboca. Tou rindo aqui sozinho. Cada apelido. Bem, crescemos. E o vento levou. E por fim me lembrei do Carlos Alexandre. Quem era esse? Não sei bem ao certo, mas foi uma criança quase anônima que conheci. Um diabinho. Eu e minha irmã fomos fazer um curso de padrinhos. Enrolamos e fomos no ultimo dia para variar. E no meio da palestra, uma mãe grita: Carlos Alexandre! Venha para cá se aquietar! O menino não devia ter três anos. Mas virou-se para mãe e levantou o indicador, dando uma banana. Eu abaixei a cabeça e pus a mão na boca. Fiquei sem ar de tanto rir. Não podia dar uma gargalhada. E como é bom dar uma gargalhada.

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