segunda-feira, 2 de março de 2009

Brasis e Traipu

Ontem, assistindo televisão, vi uma matéria sobre algumas cidades brasileiras com baixo desenvolvimento humano. Emocionou-me a história da mãe de Traipu, cheia de filhos, que no almoço faz feijão aguado e comem com farinha. No jantar, arroz com feijão. Em dias de luxo, fazem uma água com caldo de galinha e misturam com arroz. É mais uma família nos milhões de miseráveis desse Brasil. Brasis. Não é revoltante ser rico, mas é revoltante como as riquezas são empregadas. É humilhante ver o que os políticos não fazem por nosso país, por nossos miseráveis, ou o que nós mesmos não fazemos. E aquela mãe de Traipu diz que o sonho da filha é ter uma boneca que chora. Sonho que não tardará a ser realizado, pois é simples, mas mudar a mentalidade dos governantes é algo que ainda não podemos prever. Complexo demais. Constroem-se castelos para nada. Castelos de areia. Não somos mais escravos que construimos pirâmides, mas somos escravos que construimos um país através de impostos e alimentamos os faraós de Brasília. O bolsa-família salva alguns brasileiros, mas por outro lado, atrela o voto às oligarquias e vira moeda nas prefeituras. Poderia listar os muitos males de nossos brasis, mas só me entristeceria mais. Um dia tudo mudará. A história mostra. Nenhuma múmia ressuscitou. A miséria humana um dia acabará? Tudo é passageiro. Menos o motorista e o cobrador.

Um comentário:

Fernando Fontes disse...

Terás olhos, mas não enxergarás, terás boca, mas não falarás, terás mãos, mas não trabalharás, terás vontade e poderás mudar o mundo....