terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz e Triste Ano Velho


Se voltarmos no tempo e avaliarmos o ano que agoniza, veremos muitas cenas tristes e felizes. Veremos um ano em que um pai joga sua filha para a morte, que um cara mata sua ex-namorada, praticamente na televisão, que Ingrid Bettancourt foi libertada e etc. Foram muitos fatos. Um ano que termina em que nosso presidente manda-nos gastar. Gastar o que? Só se for gastar a desgastada paciência do brasileiro com os políticos. Mas o poder não é eterno. O mais triste para mim é terminar um ano vendo o apocalipse da faixa de Gaza. Alí, onde já passaram tantos líderes espirituais, a terra banha-se de sangue e bombas. Inocentes morrem na fúria de irmãos que se odeiam porque adoram deuses diferentes. Irracionais. Aliás foi o ano da irracionalidade. Triste.
Fico feliz de viver num país como o Brasil que, apesar dos pesares, é um país lindo e tem pessoas lindas. O que me deixou feliz é ter pessoas maravilhosas ao meu redor. Ter família, ter amigos. Sou grato a todos que me ajudaram na transição, na adaptação em São Paulo. Tive um ano feliz em muitos aspectos. Agradeço a Deus. É Bom ter uma crença para acreditar. Tento pensar positivo. Procuro acreditar que 2009 será um ano de maravilhas. Vou fazer minha parte. Se todos nós fizéssemos nossas partes para harmonizar o mundinho em que vivemos, tudo começaria a mudar. Triste ano velho. Feliz ano novo.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

NATAL FELIZ É GANHAR UM QUEIJO REAL


Então é Natal. Uma repórter disse hoje cedo, no jornal da manhã, que nessa época, ficamos mais carinhosos e solidários com o próximo. Gentileza gera gentileza. O que me aborrece é que deveríamos ser solidários com o próximo o ano todo. Não deveríamos ser “caridosos” porque é Natal. Deveríamos ser mais humanos porque é bom dividir ao menos o que nos sobra. E sobra tanto. Ontem passou um amigo secreto na TV. Um garoto pobre, cuja cidade não lembro mais , pediu de presente algo inusitado: um queijo real. Aquilo me tocou demais. Na sociedade de consumo em que monstrinhos burgueses querem é aparelhos celulares e laptops, um queijo real é surreal. O ator que entregou o queijo deu-lhe outro presente, um brinquedo talvez. Outros meninos pediram uma caixa de chocolate. Lembrei-me dos meus pais, que foram muito pobres. E também que minha mãe sempre pedia para ganhar um sapato que fosse maior que o pé dela pois sempre ganhava sapatos usados menores. Meus avós eram muito pobres e viviam no interior do Amazonas. O Natal deixa-nos mais sensíveis. Mais pensativos. Natal não deveria ser essa comilança sem fim. Jesus era tão simples. E quando vejo o Vaticano com seu ouro e roupas púrpuras, sinto uma dó daquela instituição. Não que ela não ajude o próximo. Mas poderia ajudar mais, muito mais. Cada um faça sua parte. É dando que se recebe. Feliz Natal.